segunda-feira, 23 de julho de 2012

E você chegou... (parte 1).


38º semana e nada de você chegar. E eu fui tomada por uma enxurrada de sentimentos tomaram conta de mim. Medo, Ansiedade, Insegurança, revolta (poxa já estava sentido dores a quase um mês), passava meus dias procurando soluções estapafúrdias para adiantar o trabalho de parto. Acho que caminhei e limpei a casa em três semanas mais do que  em toda o resto da gravidez. Fora os alarmes falsos, a esperança da mudança da lua, mas eu ainda continuava te esperando.

Na quinta feira resolvi fugir do meu circulo vicioso de faxina e caminhadas, e “desencanar” e fui resolver algumas pendencias que eu vinha enrolando, comprar as ultimas coisas que faltavam para você, e um tênis novo pro seu irmão.  Não consegui terminar tudo, tinha esquecido de pagar o aluguel e a conta da internet, mas tudo bem só venceria na semana seguinte e eu assim teria o que fazer , me distrair e esquecer a dor nas costas, que você já estava na minha barriga a 41 semanas.

Noite normal, pedimos pizza, assistimos tv, papai e o Edu foram dormir, eu fiquei acordada conversando na internet. Já tinha me resolvido que iria tentar parar com a ansiedade, afinal você não poderia demorar muito mais tempo para chegar, ou eu poderia ter calculado a data errado, como disse o médico.

Já tinha passado da meia noite, quando me dei conta que estava com cólicas e contrações, nada muito forte. Não sei em que momento comecei a prestar atenção  no intervalo das contrações.  Uma a cada 14 minutos, nada ainda com o que me preocupar, na verdade eu tinha certeza que seria outro alarme falso. Mas as contrações foram diminuindo de intervalo e aumentando em intensidade, comecei a  dar mais atenção e vi as contrações diminuindo de intervalo cada vez mais rápido.

Quase as 3 da manhã e as contrações vindo a  cada mais ou menos 10 minutos, me despedi das pessoas no facebook e resolvi ir dormir, se não fosse só um alarme falso queria ao menos ter dormido algumas horas. Avisei o papai que eu achava que estava em trabalho de parto, ele dormiu mais um pouquinho (Seu pai consegue dormir nas condições mais adversas), eu não consegui dormir. Levantei e comecei a arrumar a casa e checar se nossas bolsas para maternidade estavam realmente completas.

As 4 da manhã papai acordou, e foi para o banho. Nisso as contrações já vinham a cada 8 minutos, levamos um bom tempo para decidir qual seria a melhor forma de irmos para a maternidade, e nos arrumarmos. Chamamos um taxi e enquanto aguardávamos o taxi chegar a bolsa estourou, era por volta das 5:45. Até este momento eu estava muito tranquila, mas a partir dai comecei a ficar nervosa, com medo de você nascer no meio do caminho.

O táxi chegou às 6 da manhã, o taxista ficou apreensivo ao saber que a mamãe estava em trabalho de parto e já com a bolsa rota, ele estava com medo do transito, já que era uma sexta feira e véspera de feriado prolongado. Mas tudo deu certo e chegamos bem ao hospital.

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